Ansiedade: O que é, sintomas e tratamento
E tais discussões são muito válidas pois os transtornos de ansiedade são geralmente incapacitantes e muitas vezes deixam sequelas significativas na vida das pessoas.
Sendo assim esse assunto deve ser debatido porém com cuidado pois a disseminação de informações erradas pode ser extremamente prejudicial para a saúde das pessoas.
O que é
Provavelmente todos que estão lendo agora já sentiram algum nível de ansiedade em algum momento da vida, seja antes de uma entrevista de emprego ou até antes de encontrar aquela pessoa de quem você gosta. Diferente do que muitos pensam, sentir isso é completamente normal e esperado em situações como essa.
A ansiedade é um estado emocional caracterizado pela apreensão, preocupação, nervosismo ou medo pelo que ainda está por vir. Então isso por si só não é um problema na nossa vida. Na verdade, a ansiedade funciona como um mecanismo de sobrevivência para lidar com situações de urgência ou perigo nos preparando para agir. E por isso, não há como nunca mais sentir ansiedade na vida, já que é uma emoção normal e comum aos seres humanos.
Diferença entre ansiedade normal e ansiedade patológica
Então fica a pergunta: “Mas se eu não vou deixar de sentir ansiedade como saber que ela está sendo um problema?''. Bom, a diferença entre a ansiedade normal e a patológica está na intensidade, na frequência e nos contextos em que ocorrem.
Quando os sintomas se tornam muito frequentes, ocorrem várias vezes no dia, semana, ou mês, e aparecem com uma intensidade muito alta, provocando até crises de ansiedade ou então é desproporcional ao contexto que ocorre é importante avaliar melhor o caso com um profissional, psicólogo ou psiquiatra, pois pode ser uma ansiedade patológica.
Sintomas
Os sintomas da ansiedade não aparecem sempre da mesma forma, podem variar de acordo com a pessoa, o transtorno, e até com o contexto. Mas falando de forma geral existem quatro dimensões diferentes em que os sinais e sintomas da ansiedade se manifestam: físicos, cognitivos, comportamentais e sociais.
Reações físicas:
palpitação ou coração acelerado
falta de ar
sudorese
tensão muscular
náuseas ou vómitos, diarreia
dor de cabeça
perda ou aumento de apetite, perda ou aumento de peso
Reações comportamentais:
tremores
bloqueio ou paralisação
estado de alerta
irritabilidade
roer as unhas
Reações cognitivas:
preocupação excessiva/obsessiva
pensamentos intrusivos negativos
dificuldades de atenção e concentração
insônias
alterações de memória
Reações sociais:
dificuldades em iniciar ou manter uma conversa
dificuldade em dizer “não” ou em desagradar
preocupação excessiva com a opinião dos outros
Tratamento
O tratamento para os transtornos de ansiedade depende muito do diagnóstico, da intensidade, além das próprias características do paciente. Mas o plano de tratamento que se mostra mais eficaz é o que combina a psicoterapia com as medicações psiquiátricas.
Por isso é muito importante buscar um psicólogo e um psiquiatra para um trabalho conjunto.
Outras práticas também ajudam no tratamento e são incentivadas, como a prática regular de exercícios físicos, alimentação saudável, ter uma boa rotina de sono e acrescentar atividades de lazer no cotidiano.
Texto escrito pela Daniela Nunes Tavares, formada em Psicologia.
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